Há meses a frase “temos de nos tornar a mudança que queremos viver” não sai de minha cabeça. Não sei quem é o autor, não sei se a li em algum lugar, não sei se ouvi de alguém. De certo, sei que a ordenação proposta por essas palavras tem embasado as últimas decisões que direcionam meu ofício.
Mudar, invariavelmente ocasiona desconforto. Lançar-se ao novo e desprender-se daquilo que é confortável, não é apenas uma questão de vontade. É uma questão coragem! Coragem para estar à mercê do desconhecido.
Entre a despedida da Grande Rio e a chegada a uma nova escola passaram-se 48 dias. Dias de propostas e promessas. Dias de cores de bandeiras distintas. Dias que foram afastando o desconforto inicial de uma mudança, e abriram as portas para a entrada de esperanças planejadas.
A mudança que eu quis promover me traz um novo mestre-sala. A mudança que eu quis viver me leva a uma nova Escola. Enfim, posso responder a uma das perguntas que mais me fizeram: para qual Escola você vai?
Eu vou para a Mocidade Independente de Padre Miguel! Eu vou ser a porta-bandeira do Feliciano. Um jovem mestre-sala de talento e futuro. Vou dividir com ele minha alegria de estar em casa nova. Vou banhar-me em águas de “verde e branco.” Renovar-me em suas tradições. Beber água de uma nascente viva de puro samba!
Ao Presidente Paulo Viana e aos dirigentes da Mocidade, o meu sincero agradecimento pelo convite. Ao Bonifácio, o obrigado pela aceitação do desafio. Ao Feliciano, o meu desejo de felicidades e a vontade de que eu seja para você, aquilo que eu quero que você seja para mim!
À comunidade, minha dedicação para proporcionar alegrias a cada um de vocês será intensa! Estou ansiosa para pisar no mesmo chão de vocês! Olhar no olho da baiana, abraçar o integrante da velha-guarda, bailar ao som da habilidade de seus ritmistas, ouvir o apito de seus diretores, ser da mesma família, e poder ser mais um motivo, para o sorriso de seus torcedores!
Sinto-me privilegiada e extremamente honrada em assumir a responsabilidade de ser a guardiã desse pavilhão. Um pavilhão que escreve de verde e branco, uma das mais belas páginas da história do carnaval e do samba carioca!
À minha família e amigos, obrigada pelo carinho e atenção. À Deus, obrigada por tudo. Sem o senhor nada seria possível.
É isso! Estou em casa nova. E se alguém não acreditar, provo ser verdade. Assim como tantos, trago na identidade: “sou da Mocidade Independente!”